Ride Lonesome, literalmente cavalgada solitária, caminho solitário, foi produzido e dirigido por Budd Boetticher, escrito por Burt Kennedy e estrelado por Randolph Scott, todos os três grandes nomes do western na época do filme, 1959.
No Brasil, ganhou o título de O Homem Que Luta Só.
Os exibidores brasileiros têm uma longa tradição de criarem títulos ou simplesmente ruins, feios, às vezes grotescos, ou então distantes do sentido do original. Há neste site um longo texto sobre isso, com tabela dando dezenas de exemplos de títulos brasileiros disparatados, ridículos, pavorosos.
Ao dar o título de O Homem Que Luta Só a este filme, no entanto, os exibidores acertaram em cheio. Não só é um título apropriado, fiel ao original, como resume uma das características básicas do western, esse que foi o primeiro gênero do cinema.
Quando escrevi sobre Shane – que no Brasil ganhou o título babaca de Os Brutos Também Amam –, um dos maiores clássicos do gênero, anotei que o filme “tem o homem solitário, o homem que luta só, de passado misterioso, desconhecido. Tem a vastidão do cenário, a coisa grandiosa das paisagens infinitas – um gigantesco vale, cortado por um rio, à sombra de esplendorosas montanhas. A terra grande – the big country, outro título de filme, assim como O Homem que Luta Só.”
The Big Country, lançado um ano antes deste filme aqui, em 1958, no Brasil teve um título melodramático, Da Terra Nascem os Homens. Mas o original define uma das características do western, exatamente como O Homem Que Luta Só.
A rigor, a coisa do herói – ou anti-herói, que seja – solitário é maior do que apenas uma das características do western: é um dos maiores símbolos da cultura americana como um todo. Sobre O Fim da Escuridão (2010), um thriller em que um amargurado policial, detetive de homicídios, investiga a morte de sua própria filha, uma ativista pela ecologia, anotei também: “É uma das mais antigas e nobres tradições do cinema americano a defesa do homem que luta só contra um poder gigantesco, David contra Golias. Boa parte dos westerns – o gênero americano por excelência – segue essa linhagem, o lutador solitário, ou apenas com um pequeno punhado de amigos, em luta contra gente muito poderosa, rica, grandes fazendeiros, invasores de terras.”
E depois sintetizo que o homem que luta só é “um tema tão absolutamente americano quanto o hambúrguer, a Coca-Cola e o jeans”.
O protagonista não luta contra corruptos: é um caçador de recompensa
Num depoimento sobre Ride Lonesome, Martin Scorsese afirma: “O solitário, de certa forma, é fundamental para a história do western. Ele está só no mundo, se virando por sua conta. É preciso se perguntar quanto isso é central, exatamente, como americanos, à história deste país, essa idéia do homem solitário. Porque essa é grande parte da nossa mitologia, de como nos vemos a nós mesmos. (…) É central nos westerns, e igualmente central em histórias urbanas, como Cinzas Que Queimam (1951), o filme de Nick Ray, por exemplo, ou de um filme que fiz, Taxi Driver, escrito por Paul Schrader.”
O depoimento do grande cineasta é um dos extras de uma caixa de 3 DVDs lançada pela Versátil, Cinema Faroeste, que inclui, além de O Homem Que Luta Só, Audazes e Malditos/Sergeant Rutledge (1960), Almas em Fúria/The Furies (1950), Comando Negro/Dark Command (1940), Paixão Selvagem/Canyon Passage (1946) e Reinado do Terror/Terror in a Texas Town (1958).
Ben Brigade, o protagonista da história escrita e roteirizada por Burt Kennedy (1922-2001), roteirista de 30 títulos e diretor de 45, não está, no entanto, ao contrário de tantos outros heróis que lutam só no cinema americano, enfrentando uma grande corporação, ou uma família milionária, avara e violenta. Sua luta não é desinteressada, altruísta; muito ao contrário, seu interesse é extremamente pessoal. Ele é um caçador de recompensas: ao longo de todos os curtíssimos 73 minutos de duração do filme, sua intenção é prender e entregar à polícia de Santa Cruz um jovem chamado Billy (James Best), que havia cometido um crime naquela cidade e tinha sua cabeça a prêmio.
O caçador de recompensas não é um tipo que em geral o western trata com muito respeito, admiração. Mesmo sendo alguém que afinal de contas está do lado da Lei, o bounty hunter não costuma ser tratado como herói, como figura simpática. Em geral, tem menos charme até mesmo que ladrões como Billy the Kid e Jesse James, e jogadores ou almofadinhas como Doc Holliday, Bret Maverick ou Bat Masterson.
Ben Brigade talvez seja uma exceção. Apesar de ser mostrado desde o início como um caçador de recompensas, o personagem interpretado por Randolph Scott tem tudo que a figura de herói representa. É bom de serviço, é tenaz, persistente, obstinado. Não desiste nunca, por mais problemas que surjam à sua frente. Impõe respeito a todos os que o conhecem, e tem indiscutível capacidade de liderança. Demonstra cada uma dessas características ao longo de toda a narrativa – que começa no momento em que ele enfim, após longa caçada solitária, se aproxima de Billy, num lugar rochoso, com diversos pequenos morros de pedra.
(Produção classe A, o filme tem belíssimas tomadas gerais da amplidão, da terra grande, the big country. A câmara do diretor de fotografia Charles Lawton Jr. gosta de planos gerais, grandões, e o filme é em CinemaScope e Eastman Color by Pathé, três nomes imponentes na época – CinemaScope, Eastman e Pathé.)
Billy diz que já o esperava, e estava mesmo cansado de fugir dele por tanto tempo. Mas que Brigade não comemore vitória: vários de seus amigos estão ali por perto, prontos para atirar no caçador caso ele ameace o objeto de caça.
Um tiro vindo de algum lugar deixa claro que Billy de fato não está sozinho.
Mas Brigade não se deixa vencer pela ameaça. Com uma expressão calma, firme, e o revólver apontado para Billy, garante que, se levar um tiro, ainda terá forças para matar o rapaz.
Billy vê que o outro não está blefando. E então grita para os amigos para irem embora, para avisarem a seu irmão Frank que ele acaba de ser preso por Brigade e está sendo levado para Santa Cruz.
Um grupo de quatro homens e uma bela mulher, perseguido por bandidos e índios
No caminho para Santa Cruz, Brigade e seu prisioneiro param num posto da linha de diligências – uma casa erguida no meio do nada, com um pequeno curral, alguns cavalos, alguns animais para o sustento do encarregado do posto e sua mulher, que vivem ali inteiramente sozinhos.
O encarregado do posto não está: tinha saído pela manhã à procura de cavalos que haviam escapado. Deixara lá a mulher, Carrie Lane (Karen Steele), que será o tempo todo tratada como sra. Lane. E, depois que Lane foi à cata dos cavalos desaparecidos, a sra. Lane havia recebido a visita de dois homens, Sam Boone (Pernell Roberts) e Whit (um James Coburn jovenzinho de tudo).
Brigade conhecia de longa data Sam Boone (no Velho Oeste, naquela imensidão de terra grande que não acabava nunca, aparentemente todo mundo conhecia todo mundo). Sam, assim como seu amigo Whit, era um pistoleiro, meio bandido, mas não de todo um assassino frio, calculista. Na verdade, os dois estavan ali porque sabiam que Brigade estava atrás de Billy, e as autoridades de Santa Cruz haviam prometido anistia – ampla, geral e irrestrita – a quem entregasse o jovem assassino. E então Boone e Whit desejavam ser eles os homens a entregar Billy à Lei, para assim terem sua ficha criminal limpa e poderem começar vida nova, honesta.
Um caçador de recompensas com sua presa. Uma mulher bela cujo marido não está presente. Dois pistoleiros que querem a presa do caçador para atravessarem a fronteira que separa os fora-da-lei dos cidadãos cumpridores de seus deveres.
Já é uma boa panela de pressão, mas o roteirista Burt Kennedy acrescenta mais um elemento, fácil, disponível à beça: índios. Chega uma diligência: todos, passageiros e condutores, haviam sido mortos com sinais de extrema violência – inclusive Lane, o encarregado do posto.
Mas nem há tempo para que a viúva chore a morte do marido: o posto de diligências será atacado por um bando de mescaleros, cujo chefe está interessado na loura agora tornada viúva.
Brigade comandará a saída do grupo – quatro homens e uma mulher – rumo a Santa Cruz.
Estamos aí com uns 20 minutos de filme, talvez 25. A partir daí veremos a marcha daquele grupo cheio de tensões internas até a cidade onde Billy deverá ser enforcado, e o avanço rumo a eles do bando comandado por Frank (Lee Van Cleef), o bandidão que é o irmão mais velho de Billy.
Aqui se revela um fato que pode ser um spoiler. Melhor pular até o outro intertítulo
À medida em que a narrativa avança, vai ficando cada vez mais claro para todos no grupo liderado por Brigade, para o próprio Frank, que o persegue, e também, é claro, para o espectador, que o herói da história não está avançando à velocidade que poderia avançar. Está, propositadamente, deixando o bando de Frank se aproximar.
Não chega a ser propriamente um spoiler, mas aqui vai uma informação que pode atrapalhar quem não viu o filme, quer vê-lo e prefere que nenhum sujeito chato revele as coisas da história que não devem ser reveladas:
A motivação de Frank – como, a rigor, o espectador mais atento já poderia ter imaginado – não é pegar o dinheiro oferecido pela captura de Billy. Aquela caçada toda tem como motivação a vingança – esse fenômeno que é tão absolutamente presente em tantas e tantas histórias dos westerns, de Matar ou Morrer a O Último Pôr–do-Sol, de A Face Oculta a Era Uma Vez no Oeste.
O diretor Budd Boetticher fez sete faroestes com Randolph Scott
É interessante notar que este Ride Lonesome, embora se passe praticamente todo ao ar livre, na paisagem infinita das grandes pradarias do Oeste americano, e seja composto mais de planos gerais do que close-ups, tem um certo tom minimalista, mínimo. A começar pelo número de personagens que importam – apenas seis, os cinco que fogem do bando de Frank e o próprio Frank (seus comparsas não chegam a ter qualquer importância).
Cinco homens e uma mulher.
Randolph Scott (1898-1987) já era veteraníssimo, astro de dezenas de westerns. Sua filmografia tem 106 títulos, e a grande maioria é de faroestes. Lee Van Cleef havia estreado no cinema sete anos antes, em 1952, e James Coburn estava começando a carreira – foi sua estréia no cinema, após algumas séries de TV.
A bela Karen Steele (1931-1988), hoje desconhecida, tem 75 títulos na filmografia, numa carreira iniciada em 1953, depois que a garotinha nascida no Havaí teve fama como modelo. Apesar da beleza, nunca chegou a ter muito bons papéis, e já a partir de 1959, o ano de lançamento deste filme, dedicou-se mais a séries de TV.
Eis o que se diz do filme no livro 1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer:
“Os sete faroestes que Budd Boetticher realizou com Randolph Scott no papel de protagonista são notáveis pelo virtuosismo sarcástico, lacônico e rústico do ator; por seus coadjuvantes expressivos; graça visual; paisagens desoladas e abstratas; e um clima inaudito, porém doloroso, de tragédia. Se O Homem Que Luta Só se destaca nessa série é por conta do otimismo de seu final, da interação natural entre Pernell Roberts e James Coburn como os dois vilões mais cativantes de Boetticher e da perfeição do roteiro de Burt Kennedy.”
E depois: “Os personagens estão presos em um círculo vicioso de objetivos conflitantes ou complementares – ninguém consegue tomar uma atitude que não gere uma contrapartida de outra pessoa – e todos estão cientes de que se encaminham juntos para um confronto fatal. Boetticher, filmando em CinamaScope, faz justiça tanto à elegância do cenário quanto à solidão mítica de seu protagonista.”
Muito bom esse texto do 1001 Filmes.
“Boetticher é o cinema americano por excelência”, define Jean Tulard
O livro The Columbia Story não dá destaque especial ao filme, num ano em que o estúdio lançou Anatomia de um Crime, De Repente, no Último Verão e Porgy and Bess, para citar só alguns. Mas o pequeno texto dedicado a ele é respeitoso: “Um roteiro tenso e muitas vezes contundente de Burt Kennedy fez maravilhas por Ride Lonesome, um western dirigido por Budd Boetticher, estrelado por Randolph Scott, para a sua Ranown Productions, como um taciturno caçador de recompensas atrás de um assassino inconsequente interpretado por James Best. (…) Conflito e subtramas havia de sobra, tudo muito bem costurado pelo roteirista Kennedy, e mantido sob suspense por Boetticher.”
Sobre Oscar Boetticher Jnr., seu nome de batismo, assim, com a letra n no Junior (1916-2001), define Jean Tulard em seu Dicionário de Cinema – Os Diretores: “Boetticher é o cinema americano por excelência”.
O verbete começa dizendo que “foi André Bazin que chamou a atenção para esse realizador de séries B ao elogiar um de seus westerns, Sete Homens Sem Destino, que contém um extraordinário duelo no final entre Randolph Scott e Lee Marvin”. O eventual leitor pode perfeitamente estar cansado de saber, mas talvez fosse necessário apenas lembrar que André Bazin (1918-1958) é talvez o mais respeitado estudioso do cinema e dos filmes; foi um dos fundadores da lendária revista Cahiers du Cinéma, que abrigou como críticos, nos anos 50, os jovens cinéfilos François Truffaut, Jean-Luc Godard, Claude Chabrol. Bazin foi o mestre e incentivador daquela geração dourada que criou a nouvelle-vague; em algumas de suas muitas obras teve como colaborador o jovem Truffaut.
Que maravilha: para os críticos franceses da geração de Tulard (ele é de 1933), quem descobriu Boetticher foi André Bazin.
E Tulard conta: “Antiga estrela do futebol americano reconvertido pelas touradas (consagrou-lhes três filmes, dentre eles uma biografia de Arruza), absorvido por Hollywood como conselheiro técnico de Mamoulian em Sangue e Areia, Boetticher assinou na sequência filmes de baixo orçamento para a Columbia, para Eagle Lion e para a Universal, até se encontrar com Randolph Scott. Uma série de obras-primas, produzidos em sua maioria por Harry Joe Brown, sobre roteiros de Burt Kennedy, se seguiu.”
Gosto demais de ver como os franceses têm adoração pelos filmes americanos que muito neguinho de nariz empinado, fã de “cinema de arte”, despreza com mórbida solenidade.
Há filmes americanos que os críticos franceses valorizam mais que os americanos. Pelo jeito, sobre este filme aqui há concordância. Leonard Maltin dá a Ride Lonesome 3 estrelas em 4 e usa o que achei um interessantíssimo adjetivo: chamber-western. Western de câmara! Ou seja: não um filme grande afresco, mas pequeno retrato. Não uma sinfonia, mas uma pequena peça de câmara, para quatro instrumentistas apenas. Bem, no caso aqui, um sexteto.
Nunca tinha visto essa expressão – chamber-western. Como chamber-music, música de câmara. Maravilhosa. E, antes de ler o Maltin, eu tinha falado da coisa do minimalismo, de apenas seis personagens.
“Western de câmara de Boetticher tipicamente interessante sobre um caçador de recompensas de boca fechada que adquire companhias não desejadas enquanto viaja com criminoso procurado. Elenco de apoio especialmente bom, incluindo Coburn em sua estréia no cinema.”
Vingança é coisa ruim. Mas western é um gênero de fábulas
Me permito apenas uma rápida digressão antes de finalizar.
A rigor, ou talvez até nem tão a rigor, vingança é coisa ruim. Não é um bom sentimento, não é uma boa motivação. Muitíssimo ao contrário. Já citei várias, várias vezes aqui o provérbio armênio que data do século XI, mil anos atrás – ele me impressionou demais, desde a primeira vez que o ouvi, no filme Lady Jane, do grande realizador Robert Guédiguian:
“Aquele que busca se vingar é como a mosca que bate contra o vidro sem ver que a porta está escancarada”.
As pessoas se dividem entre muitas coisas – as que são a favor do direito ao aborto e as que são contra, as que são contra a pena de morte e as que são a favor, as que são a favor do direito ao morte digna e as que são a favor de que os vivos sofram horrivelmente até finalmente o coração parar de bater, as que crêem em algum tipo de divindidade e as que acham que somos todos produtos do mais puro acaso.
Talvez um divisor de águas tão importante quanto esses aí seja as pessoas que querem vingança e as pessoas que acreditam que procurar vingança só leva a mais tragédia.
Quanto à vingança, a coisa cresce, vira política, geopolítica, planetária. O Estado de Israel, por exemplo, quer vingança sempre – são poucas as vozes israelenses que ousam pedir paz. A imensa maior parte dos países árabes quer vingança sempre – são poucas as vozes árabes que ousam pedir paz. Infelizmente, não dá para mandar o Estado de Israel e a imensa maior parte dos países árabes se mudar para outro planeta e lá ficar lutando até que não sobre ninguém vivo.
Mas talvez esse tipo de discussão não caiba muito quando se trata de um western. O western é um gênero que tende a uma maior simplicidade, quase um maniqueísmo. É como se fossem fábulas, contos de fadas.
Isso considerado, este aqui é um belo filme.
Anotação em dezembro de 2016
O Homem Que Luta Só/Ride Lonesome
De Budd Boetticher, EUA, 1959
Com Randolph Scott (Ben Brigade),
e Karen Steele (Mrs. Carrie Lane), Pernell Roberts (Sam Boone), James Best (Billy John), Lee Van Cleef (Frank), James Coburn (Whit)
Argumento e roteiro Burt Kennedy
Fotografia Charles Lawton Jr.
Música Heinz Roemheld
Montagem Jerome Thoms
Produção Budd Boetticher, Ranown Productions, Columbia Pictures. DVD Versátil.
Cor, 73 min.
***
Western é um gênero de filme que nunca me pegou. Até acredito que há filmes muito bons nessa categoria, mas não me sobra paciência nem interesse para tentar vê-los.
Enquanto lia seu texto, me lembrei de “Django Livre”, de Tarantino, acho que por causa do caçador de recompensas e do western; sinto arrepios toda vez que me lembro como esse filme é longo, longo, longo, cansativo, chato, já disse longo? Na época até escrevi no livro das faces: “‘Django Livre’, o filme que não queria terminar”. Céus!! Os filmes de western me passam essa impressão: parece que todos são longos e intermináveis, aquela coisa lenta sem fim, que compete cabeça com cabeça com a lentidão dos filmes de Akira Kurosawa.
Mas voltando ao texto, achei injusto falar que quem é contra a eutanásia é “a favor de que os vivos sofram horrivelmente até finalmente o coração parar de bater”. Então vamos colocar assim: “os que são favoráveis a uma morte digna” são aqueles a favor de que se abrevie a vida alheia. Fica mais justo. Queria só ver quem é a favor da eutanásia indo lá desligar o aparelho de oxigênio, ou tirar o tubo não sei das quantas do seu ente querido, a la Dexter Morgan, na última temporada da série.
Oba-oba-oba, faroeste, bangue-bangue, um negócio que tem um aroma delicioso de filme velho. Estava com saudades dos atores coroas :p
Sobre o começo do texto, ainda não entendi como aquele bonde, chamado desejo, virou uma rua (chamada pecado)…
Porque o Senhor fala tanto na Kael , no Bazin, e outros cocorocas , e não cita nem uma vez o grande Moniz Vianna, que foi muito
melhor, mais sábio que todos. Leia a introdução que Ruy Castro fez para o livro póstumo “Um Filme é Para Sempre”.
Caro Alfredo,
Não tenho nada contra o Moniz Vianna. Ao contrário, sempre o admirei. Vou procurar esse livro.
Mas não vejo por que chamar Kael e Bazin (aliás, uma não tem nada a ver com o outro…) de cocorocas.
São grandes e respeitáveis críticos.
Um abraço.
Sérgio